O saldo das eleições
Com o resultado do primeiro turno surgiram várias leituras sobre qual força política saiu fortalecida ou enfraquecida das eleições municipais. À primeira vista, Bolsonaro não serviu de cabo eleitoral: dos 45 vereadores apoiados pelo presidente em 27 cidades, apenas 10 se elegeram e dos 13 candidatos a prefeito, 9 não se elegeram. Seu filho, Carlos Bolsonaro, se elegeu vereador com 30% a menos de votos do que em 2016.
Porém, a grande derrotada nas eleições, pelo menos numericamente, foi a esquerda. Os partidos de esquerda e centro-esquerda mais tradicionais- PSB, PDT, PT e PCdoB- elegeram menos perfeitos, comparando a 2016 . O PT que em 2012 elegeu 600 perfeitos, em 2016 elegeu 256 e em 2020 foram, até o priemeiro turno, 179.
O grande vitorioso dessas eleições é o centrão, nome do grupo de políticos e partidos fisiológicos, representantes da política tradicional e atuantes principalmente no congresso. Os partidos de centro e centro direita, que compõem majoritariamente o centrão, foram muito bem sucedidos. PP, PSD e DEM elegeram em 2016, 495,537 e 266 prefeitos respectivamente. Em 2020, foram 682, 650 e 459 prefeituras.
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https://www.bbc.com/portuguese/brasil-54967867
Briga Rio-São Paulo
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), chamou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de “veado” e “vagabundo” em uma fala a correligionários na noite de quarta-feira, 18, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O discurso foi gravado por um dos presentes e acabou se espalhando pelas redes sociais. A fala teria sido dada após uma mulher que estava no evento tecer críticas às Organizações Sociais (OS) que operam parte da área da saúde no Rio. O prefeito disse “Eu entrei na Justiça contra esses vagabundos. Tinha dinheiro pra pagar os funcionários, eles pegaram e pagaram fornecedor, que tinha que pagar dia 10 de dezembro. E faltou dinheiro […] Sabe de quem é essa OS? É OS de São Paulo, é do Doria, veado, vagabundo”.
Em resposta, Doria postou nas redes sociais “Lamento que o prefeito do Rio de Janeiro, um pastor que deveria ser um exemplo, faça ataques, use palavrões e o preconceito para se referir a um governador. O prefeito Crivella se apequena e lamentavelmente encerra seu ciclo de forma melancólica”. Crivella se desculpou pelos excessos após a divulgação do vídeo.
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Movimentações do mercado
O índice IBOVESPA desta semana começou em alta e teve destaque na terça-feira, 17 de novembro, quando houve máxima de 107.770 pontos, fechando o dia com 107.248 pontos. Essa alta fez o índice ultrapassar os melhores números de Março, no início da pandemia.
Os principais motivos desse otimismo no mercado foram as novas informações sobre o desenvolvimento de vacinas contra o COVID-19; o crescimento de 6,9% da produção industrial na China em comparação com Outubro do ano passado; a valorização da Vale após a venda de R$40 mi de ativos do BNDES, dos quais R$ 2,5 mi foram comprados pela Morgan Stanley; e o dólar ainda muito valorizado, que faz as empresas brasileiras ficarem ainda muito baratas para o capital externo. Por conta disso, novembro ainda está vivenciando uma entrada de capital extrangeiro, sendo que até quarta-feira, dia 18, o saldo positivo do mês chegava a R$25,73 bi – o que, é importante apontar, ainda não compensou as saídas ocorridas durante o ano, que ainda acumulam R$ 39,55 bi.
Entretanto, a partir de quarta já voltaram as quedas no mercado, movidas pelo aumento dos casos de COVID-19 que preocupam o mundo todo, além do nível da dívida bruta do Brasil – que deve fechar o ano em 96% do PIB -, associada à lentidão da agenda de reformas do governo brasileiro – destaque para as privatizações, desejadas pelo mercado. Mesmo com essa queda, até a manhã desta sexta-feira, dia 20, a semana acumulava uma alta de 1,5% no índice IBOVESPA.
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Trump demite diretor de agência que reiterou a segurança das eleições americanas
O presidente americano Donald Trump demitiu na terça, dia 17, o diretor da Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura dos Estados Unidos (CISA), Chris Krebs, após a agência confirmar, na semana passada, que a eleição de 2020 foi a mais segura de todos os tempos.
Trump justificou que as afirmações feitas foram imprecisas e voltou a falar de fraudes no processo eleitoral, inclusive apontou que pessoas mortas participaram da eleição e votos “ilegais” fizeram parte da contagem final, mas ainda não apresentou nenhuma prova que dê base a essas acusações.
Vale destacar que Trump e seu time perderam mais uma ação, agora na Pensilvânia, onde afirmavam que os observadores do Partido Republicano não tiveram acesso adequado à contagem de votos. Como esse foi o único argumento apresentado, por 5 votos a 2, a Suprema Corte do estado decidiu que o acesso dado aos observadores foi adequado.
Em outro estado decisivo, Michigan, os fiscais do Partido Republicano barraram a certificação de uma parte dos resultados durante algumas horas, mas depois voltaram atrás.
E na Geórgia, após a recontagem dos votos ser finalizada na quinta, dia 19, a vitória de Joe Biden foi confirmada mais uma vez, com quase 14 mil votos de diferença entre ele e o atual presidente.
Trump prometeu não interromper as ações na justiça até reverter os resultados, porém é bem difícil que obtenha sucesso. Enquanto isso, ele atrasa o processo de transição para a nova administração, atrapalhando os planos de Joe Biden e sua equipe, que já montaram até mesmo uma força-tarefa contra a crise da COVID-19 no país.
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https://edition.cnn.com/2020/11/19/politics/georgia-recount-election-results/index.html
Novos números da COVID-19 na Europa
A segunda onda da COVID-19 já chegou no continente europeu, e números alarmantes são registrados a cada dia.
Na França, o número de infectados chegou a 2 milhões, e, após passar a Rússia, é o quarto país no mundo em número de casos e o sétimo em número de mortos (mais de 45 mil). A Itália, que nesta última semana registrou mais de 700 óbitos diários, pior número desde abril, enfrenta uma nova grave crise, com muitos hospitais já com falta de cilindros de oxigênio. O país é o nono no mundo em número de mortos.
Não só nesses países, como também na Áustria e no Reino Unido, medidas drásticas estão sendo realizadas pelos governantes para que proliferação do vírus caia, como a decretação de lockdown e toque de recolher.
As atenções e expectativas estão todas voltadas para as vacinas, como a de Oxford, a CoronaVac e a da Pfizer, pois encontram-se em estado avançado de testes e podem, em pouco tempo, estar disponíveis ao grande público.
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